

Páginas: 350
Publicação: 2024
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A intensa palavra reúne, pela primeira vez, crônicas de Carlos Drummond de Andrade originalmente publicadas no antigo jornal carioca Correio da Manhã, entre 1954 e 1969. Esta obra oferece uma imersão profunda na vida cotidiana e poética de Drummond e na história política do Brasil, revelando a percepção singular de um dos maiores poetas, cronistas e contistas da literatura brasileira.​
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A intensa palavra é uma coletânea inédita de 150 crônicas do poeta, cronista e contista Carlos Drummond de Andrade, nunca antes vistas em livro. Estes textos, publicados entre 1954 e 1969 nas páginas do Correio da Manhã – antigo jornal carioca que, durante a ditadura militar, foi perseguido e fechado em diversas ocasiões –, ficaram por quase três quartos de século no vasto acervo pessoal do autor.
Organizada pelo também cronista Luís Henrique Pellanda, a obra funciona como uma lente que amplia nossa compreensão acerca do tempo e do cotidiano, refletindo a visão de Drummond sobre o século XX. Pellanda observa, no texto de apresentação à edição, que o cronista é, em essência, “um cortejador de acasos”, e que, apesar de o período em que foram escritas estar claramente marcado nas crônicas, Drummond, mesmo à distância no tempo, consegue captar e transmitir nelas problemas e vivências universais e ainda atuais, aproximando-se dos leitores que “estão sempre buscando alguma confluência entre o que leem e o que vivenciam no seu dia a dia. E é justamente nesse terreno fértil e movediço, no qual as coincidências se multiplicam com o avanço das décadas e a evolução da mentalidade de leitores cada vez mais diversos, que uma crônica escrita no Brasil, há setenta anos, pode ganhar novos sentidos”.
A intensa palavra: crônicas inéditas do Correio da Manhã, 1954-1969 chega, assim, em boa hora para os admiradores das obras de Drummond e para os apaixonados por este gênero literário que, como o próprio autor descreve em uma de suas crônicas mais conhecidas – “Fala, amendoeira” (1954) –, é um “ofício de rabiscar sobre as coisas do tempo”. E não há forma melhor de explorar as nuances da vida e do tempo do que por meio dos escritos de um dos maiores nomes da literatura brasileira.
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“Que Carlos Drummond de Andrade seja um dos maiores poetas da língua portuguesa não restam dúvidas. Que também figure entre os seus maiores cronistas parece indiscutível [...]. Por isso, é sempre motivo de júbilo quando nos deparamos com textos inéditos em livro que permaneciam esquecidos em arquivos só acessíveis a pesquisadores, e que nos trazem o autor no frescor de sua tarefa cotidiana de ‘cortejador de acasos’, na feliz definição dada pelo compilador desse A intensa palavra, o também cronista, e excelente, Luís Henrique Pellanda.” – Luiz Ruffato, para o texto de orelha de A intensa palavra.
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