CRONOLOGIA DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
1902
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Nasce em Itabira (MG), no dia 31 de outubro, o nono filho de Julieta Augusta Drummond de Andrade e do fazendeiro Carlos de Paula Andrade.
1909
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Lê o romance Robinson Crusoé, de Daniel Defoe, em uma versão infantil publicada pela revista Tico-Tico e fica encantado com as aventuras. Escreveria mais tarde: “E eu não sabia que minha história / era mais bonita que a de Robinson Crusoé.” (do poema “Infância”, em Alguma poesia).
1910
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Passagem do cometa Halley. Décadas depois, Drummond registrará em seu diário: “No ar frio, o céu dourado baixou no vale, tornando irreais os contornos dos sobrados, da igreja, das montanhas. Saímos para a rua banhados de ouro, magníficos e esquecidos da morte que não houve. Nunca mais houve cometa igual, assim terrível, desdenhoso e belo.” Escreverá ainda dois poemas sobre o tema, “Cometa”, em Boitempo, e “Halley”, em A falta que ama.
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Inicia o curso primário no Grupo Escolar Dr. Carvalho Brito.
1912
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Pede ao pai para comprar a Biblioteca Internacional de Obras Célebres, coleção de volumes publicada pela Sociedade Internacional. No documentário O fazendeiro do ar, dirigido por Fernando Sabino e David Neves, Drummond relembra: “A base da minha formação literária está nesse monte de coisas da Biblioteca Internacional. Eram 24 volumes enormes, encadernados, Biblioteca Internacional de Obras Célebres, e com isso eu li um bocado de filosofia, um bocado de teatro, um bocado de poesia, um bocado de tudo, e fez-se uma salada no meu espírito.” A coleção é também objeto do poema “Biblioteca verde”, em Boitempo.
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Ingressa no Grêmio Dramático e Literário Arthur de Azevedo.
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Trabalha uma parte do dia como caixeiro no armazém de Randolfo Martins da Costa, seu parente e maior comerciante de Itabira. Quis empregar-se ali para ouvir as conversas dos fregueses sobre a Primeira Guerra Mundial.
1916
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Ingressa como aluno interno no Colégio Arnaldo, em Belo Horizonte, e inicia amizade com os colegas Gustavo Capanema e Afonso Arinos de Melo Franco. Interrompe os estudos no 2º ano por motivo de saúde.
1917
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Retorna a Itabira e tem aulas particulares com o professor Emílio Magalhães.
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Conhece a poesia de Augusto dos Anjos e fica perplexo. Mais tarde revelou: “Li-o na adolescência e foi como se levasse um soco na cara... Vi como se pode fazer lirismo com dramaticidade permanente, que se grava para sempre na memória do leitor.” (em Os sapatos de Orfeu, de José Maria Cançado).
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Visita com frequência o santeiro Alfredo Duval e faz amizade com seus filhos. Trata-se de um “intelectual orgânico”, conversador e conhecido na cidade.
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Lê o livro A educação sentimental, de Gustave Flaubert, que lhe deixou marcas profundas.
1918
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Ingressa como aluno interno no Colégio Anchieta, dos padres jesuítas, em Nova Friburgo, onde se destaca em certames literários. Colabora no jornalzinho Aurora Colegial, no qual tem seu primeiro texto publicado.
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Incentivado pelo irmão Altivo, publica no jornalzinho Maio, de Itabira, seu poema em prosa “Onda”.
1919
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“No colégio, escreveu escondido uma novela de caráter anticlerical, uma verrina aos padres e parasitas da vida humana”, segundo o colega Octávio Barbosa da Silva.
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Ao rebelar-se contra uma nota que por condescendência lhe dera o professor de Português, ouve dos jesuítas a proposta de que se resolva o incidente com um pedido de desculpa. O acordo não é cumprido pelos padres, e Drummond acaba expulso do Colégio Anchieta por alegada “insubordinação mental”. Dirá depois, em entrevista, que o episódio contribuíra para que perdesse o sentimento religioso.
1920
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Muda-se com a família para Belo Horizonte.
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Passa a colaborar no modesto Jornal de Minas, situado no térreo do prédio onde morava. É seu primeiro trabalho como articulista.
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Conhece Dolores Dutra de Morais, com quem se casará cinco anos depois.
1921
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Passa a trabalhar no Diário de Minas, no qual por oito anos escreverá críticas literárias e outros textos.
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Frequenta a vida literária de Belo Horizonte e torna-se amigo de Milton Campos, Abgar Renault, Emílio Moura, Alberto Campos, Mário Casassanta, João Alphonsus, Cyro dos Anjos, Batista Santiago, Aníbal Machado, Pedro Nava, Gabriel Passos, Heitor de Sousa e João Pinheiro Filho, frequentadores da Livraria Alves e do Café Estrela.
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Muda-se com a família para uma casa no bairro da Floresta, onde seu pai tinha vários terrenos, e instala-se num “quarto independente”, com acesso pelo alpendre.
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Publica na revista Radium, da Faculdade de Medicina, o conto “Rosarita”.
1922
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Estreita laços de amizade com o estudante de medicina Pedro Nava, que se impressiona com seu conto “Rosarita”: “O instrumento mais à mão para protestar contra o parnasianismo, o imobilismo, o sonetismo que curarizavam o Brasil.”
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Vence o concurso Novela Mineira, com o conto “Joaquim do Telhado”, e ganha um prêmio de 50 mil réis.
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Publica artigos nas revistas Para Todos e Ilustração Brasileira, ambas do Rio de Janeiro.
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Organiza o livro Teia de aranha, coletânea de poemas em prosa, e o envia à Editora Freitas Bastos, no Rio de Janeiro. A obra nunca chegaria a ser publicada.
1923
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Ingressa na Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte.
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Conhece o português António Ferro, amigo de Fernando Pessoa, e dedica-lhe um artigo. “António Ferro, que tem uma jazz band na alma, deixa fugir dos lábios o eco da sua desvairada música interior.”
1924
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Inicia correspondência com Manuel Bandeira, manifestando-lhe sua admiração.
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Encontra-se, no Grande Hotel de Belo Horizonte, com a turma dos modernistas paulistas: Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Olívia Penteado, Gofredo Telles e Tarsila do Amaral, acompanhados do poeta francês Blaise Cendrars.
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Admirador de Mário de Andrade, inicia correspondência que se manterá até pouco dias antes da morte do escritor paulista.
1925
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Casa-se com Dolores Dutra de Morais.
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Funda, junto com Emílio Moura, Gregoriano Canedo e Francisco Martins de Almeida, A Revista, destinada a divulgar o movimento modernista.
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Conclui o curso de Farmácia, mas não exerce a profissão, alegando querer “preservar a saúde dos outros”.
1926
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Retorna a Itabira para lecionar Geografia e Português no Ginásio Sul-Americano.
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Volta para Belo Horizonte, por sugestão de Alberto Campos, e ocupa o cargo de redator e depois redator-chefe do Diário de Minas, onde tem como companheiro de trabalho o amigo Afonso Arinos de Melo Franco.
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Villa-Lobos, sem conhecê-lo, compõe uma seresta sobre o poema “Cantiga de viúvo”, que integra Alguma poesia, seu livro de estreia.
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Em Pouso Alto (MG), encontra-se pela primeira vez com Manuel Bandeira.
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Encerra a publicação de A Revista, no nº 3, com artigos numa ortografia transgressiva, como no seu ensaio “Poezia e relijião”.
1927
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Em 21 de março, nasce seu filho Carlos Flávio, que falece minutos depois. A ele, Drummond dedica os poemas “Ser”, em Claro enigma, e “O que viveu meia hora”, em A paixão medida.
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Discursa em homenagem a Francisco Martins de Almeida, numa festa noticiada em 11 de janeiro no Diário de Minas. Francisco integrava um dos grupos modernistas mineiros e era, assim como Drummond, fundador de A Revista, lançada em 1925, para difundir os princípios estéticos do movimento.
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Publica o poema “Pipiripau”, em 24 versos livres, no Diário de Minas, em 30 de janeiro e 6 de fevereiro, com o pseudônimo Antônio Crispim.
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Publica resenha sobre o livro Brás, Bexiga e Barra Funda, de António de Alcântara Machado, no Diário de Minas, em 27 de março.
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Publica diversos poemas (“Fantasia”, “Caso”, “Sonho de um dia de calor”, “Sinal de apito”, “Sweet home”, “Epigrama para Emílio Moura” e “Convite ao suicídio”), em revistas de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
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Publica diversas crônicas e artigos no Diário de Minas, entre fevereiro e dezembro.
1928
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Publica o poema “No meio do caminho” no nº 3 da Revista de Antropofagia. Trinta e nove anos depois, o poema merecerá do autor o livro Uma pedra no meio do caminho: biografia de um poema, coletânea de críticas publicada em 1967. “[...] sou o autor confesso de certo poema, insignificante em si, mas que a partir de 1928 vem escandalizando meu tempo, e serve até hoje para dividir no Brasil as pessoas em duas categorias mentais” (trecho da crônica “Autobiografia para uma revista”, em Confissões de Minas).
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Nasce, em 4 de março, sua filha Maria Julieta. Sobre ela, o poeta escreverá: “Repara um pouquinho nesta, / no queixo, no olhar, no gesto, / e na consciência profunda / e na graça menineira, / e dize, depois de tudo, / se não é, entre meus erros, / uma imprevista verdade. / Esta é minha explicação, / meu verso melhor ou único, / meu tudo enchendo meu nada.” (do poema “A mesa”, em Claro enigma).
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Assis Chateaubriand, empresário do meio jornalístico, convida Drummond para dirigir o Diário da Noite. A proposta não é aceita.
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Publica crônicas, artigos e diversos poemas (“Circo”, “Uma feia na multidão”, “Anedota búlgara”, “Poeminha de Maria”, “Cantiga da experiência”, “Margarida”, “Sociedade”, “Nós dois”, “Esperteza”, “A rua diferente”, “A grande liquidação” e “Poema de sete faces”) no Diário de Minas, entre fevereiro e dezembro.
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Por sugestão do amigo Rodrigo Melo Franco de Andrade, é convidado por Francisco Campos a trabalhar na Secretaria da Educação, mas, sem mesa e cadeira para ocupar, é levado por Mário Casassanta para auxiliar na redação da Revista do Ensino, na mesma secretaria.
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Vende ao irmão Altivo, por 50 mil réis, sua parte na herança da Fazenda do Pontal. “Tive ouro, tive gado, tive fazendas. / Hoje sou funcionário público” (do poema “Confidência do itabirano”, em Sentimento do mundo).
1929
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Assume o cargo de auxiliar de redação no jornal Minas Gerais, órgão oficial do estado sob a direção de Abílio Machado e José Maria Alkmin, e logo é promovido a redator.
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Firma-se como cronista da seção “Notas Sociais”, do jornal Minas Gerais, usando, entre outros, os pseudônimos Antônio Crispim e Barba Azul.
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Recusa pedido de Oswald de Andrade para colaborar na Revista de Antropofagia. O motivo é sua lealdade a Mário de Andrade, que rompera com Oswald.
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Entre janeiro e novembro, publica diversos poemas (“1º de janeiro”, “Diálogo dos burgueses no bonde”, “Quadrinha sobre o regresso de Pedro Nava”, “Conheço um país”, “Romaria”, “Vitrola”, “Boca”, “Poema sobre uma casa”, “Meu pobre amigo”, “Ode a Jackson de Figueiredo” e “Moça e soldado”) no Diário de Minas.
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Também entre janeiro e novembro, publica diversas crônicas e artigos no Diário de Minas e na revista Verde, de Cataguases (MG), ligada ao movimento modernista.
1930
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Publica, com recursos próprios e tiragem de quinhentos exemplares, Alguma poesia, seu livro de estreia, com o selo imaginário das “Edições Pindorama”, do amigo Eduardo Frieiro. No lançamento, outro amigo, Milton Campos, saúda o poeta em um grande banquete no Automóvel Club. Na ocasião, Drummond profere seu famoso discurso do “anjo delicadamente torto do lado do coração”.
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Envia o livro ao amigo Mário de Andrade, em 27 de abril, acompanhado de uma carta: “Eis aí, Mário e amigo, a história da impressão de minha obrinha primeira. Ela aí vai. Sua opinião me interessa mais do que a de qualquer outro.”
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Assume o cargo de auxiliar de gabinete de Cristiano Machado, secretário do Interior do governo de Minas Gerais. Ao irromper a Revolução de Outubro, que transforma aquela paragem burocrática em centro de operações militares, passará a oficial de gabinete, quando seu amigo Gustavo Capanema substituir Cristiano Machado.
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Em uma crônica, expressa sua “paixão” por Greta Garbo: “Cinema com o rosto escorrido e o olho parado de Greta Garbo no cartaz é cinema cheio. A penumbra da sala enche-se de êxtases e de corações batendo pela sorte da mulher-orquídea, mulher cheia de ossos e intenções, que a gente não sabe se está pelo avesso ou pelo direito, mulher gelada e fatal, mulher do golpe do mistério. E ninguém sabe explicar por que motivo Greta Garbo desarranja tanto a nossa máquina sentimental de sertanejos envernizados” (da crônica “O fenômeno Greta Garbo”, publicada no jornal Minas Gerais em 18 de maio de 1930).
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Publica no jornal Estado de Minas, entre outros, os poemas, “Também já fui brasileiro”, “Toada do amor”, “Europa, França e Bahia”, “Política literária”, “Poema do jornal”, “Fuga”, “O sobrevivente”, “Cota zero”, “Iniciação amorosa”, “Balada do amor através das idades”, “Cabaré mineiro”, “Quero me casar”, “Sesta”, “Poema da purificação” e “O voo sobre as igrejas”, alguns deles incluídos no livro Alguma poesia.
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Publica diversas crônicas no jornal Minas Gerais, entre março e agosto, quase todas com o pseudônimo Antônio Crispim.
1931
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Falece seu pai, Carlos de Paula Andrade, em 28 de julho, aos 70 anos. “No deserto de Itabira / a sombra de meu pai / tomou-me pela mão. / Tanto tempo perdido. / Porém nada dizia. / Não era dia nem noite. / Suspiro? Voo de pássaro? / Porém nada dizia. / [...] / A pequena área da vida / me aperta contra o seu vulto, / e nesse abraço diáfano / é como se eu me queimasse / todo, de pungente amor.” (do poema “Viagem na família”, em José).
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Sua mãe, Julieta Augusta, passa a viver num apartamento do Hospital São Lucas, em Belo Horizonte.
1932
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Publica, como colaboração especial no jornal Estado de Minas, o poema “Necrológio dos desiludidos do amor”, uma provocação modernista no dia de Natal.
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Solidário ao amigo Mário de Andrade, Drummond escreve-lhe uma carta em 10 de outubro, a propósito da Revolução Constitucionalista, em São Paulo: “Estou certo que você viveu todo o drama, e mais dramaticamente ainda que os outros, pois sua inteligência implacável há de ter espiado os acontecimentos, os entusiasmos, as paixões, ao passo que no grande número apenas o instinto comandava. Eu também, do meu lado, fiz o que pude. Mas apenas produzi palavras.”
1933
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Trabalha como redator do jornal A Tribuna.
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Assessora o amigo Gustavo Capanema durante os três meses em que o amigo foi interventor federal em Minas Gerais.
1934
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Volta a trabalhar, simultaneamente, nas redações dos jornais Minas Gerais, Estado de Minas e Diário da Tarde.
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Publica Brejo das almas, com tiragem de duzentos exemplares, editado pela cooperativa Os Amigos do Livro.
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É convidado para trabalhar como chefe de gabinete de Gustavo Capanema, novo ministro da Educação e Saúde Pública.
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Muda-se, com a família, para o Rio de Janeiro.
1935
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Passa a responder pelo expediente da Diretoria-Geral de Educação e integra a Comissão de Eficiência do Ministério da Educação.
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Criação do programa de rádio A hora do Brasil, de transmissão obrigatória em todo o território nacional. Em 1962, passará a chamar-se A voz do Brasil.
1936
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Escreve ao amigo e ministro Capanema carta de demissão de seu cargo, por incompatibilidade com o pessoal de direita que predominava na repartição: “Não tenho posição à esquerda, mas sinto por ela uma viva inclinação intelectual, de par com o desencanto que me inspira o espetáculo do meu país.” O pedido de demissão não foi aceito.
1937
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Colabora na Revista Acadêmica, do Rio de Janeiro, sob a direção do editor e intelectual modernista Murilo Miranda.
1938
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Escreve o poema “Elegia 1938”, depois incluído no livro Sentimento do mundo.
1939
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Em 1º de setembro, dia em que eclode a Segunda Guerra Mundial, Paulo Rónai publica, na Hungria, uma antologia intitulada Mensagem do Brasil, com traduções de vários poemas brasileiros, entre eles “No meio do caminho”. Anos depois, em entrevista, Paulo Rónai conta que, informado do lançamento do livro pela embaixada brasileira em Budapeste, o jornal Correio da Manhã teria comentado em uma nota: “Enquanto a guerra toma quase todos os espaços na Hungria, um maluco de Budapeste está traduzindo poesia brasileira.”
1940
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Publica Sentimento do mundo, numa pequena edição de 150 exemplares, que circula fora das livrarias e a salvo dos órgãos de repressão. O livro chega a São Paulo. Em seguida, sai a edição publicada pela Editora Pongetti.
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Consolida-se a relação de amizade com Paulo Rónai, mantida por meio de cartas e livros presenteados. Mais tarde, em julho de 1944, Drummond convence o ministro Capanema a obter para o amigo húngaro o visto de permanência no Brasil.
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Conhece João Cabral de Melo Neto, jovem poeta vindo do Recife com intenção de viver no Rio de Janeiro.
1941
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Mantém na revista Euclides, dirigida por Simões dos Reis, a seção “Conversa Literária”, assinando-a como “O Observador Literário”.
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A Revista Acadêmica percebe o alcance do livro Sentimento do mundo e dedica um número inteiro ao poeta.
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Forma-se uma frente literária antifascista, que o consagra como o maior poeta nacional naquele momento.
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Colabora no suplemento literário do jornal A Manhã, dirigido por Múcio Leão e, mais tarde, por Jorge Lacerda.
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Publica uma autobiografia minimalista na Revista Acadêmica.
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Muda-se para a casa da rua Joaquim Nabuco, 81, em Copacabana, onde viverá até 1962.
1942
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Sai a coletânea Poesias, pela Editora José Olympio. Pela primeira vez, o poema “José” é publicado em livro.
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Preside a conferência “O movimento modernista”, organizada por Mário de Andrade e realizada na biblioteca do Ministério das Relações Exteriores, no Rio de Janeiro, em comemoração dos vinte anos da Semana de Arte Moderna.
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Recebe carta de João Cabral de Melo Neto, pedindo-lhe um emprego no Rio de Janeiro. Pouco depois, o poeta pernambucano vai trabalhar no Departamento de Administração do Serviço Público (DASP).
1943
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Traduz o livro Thérèse Desqueyroux, de François Mauriac, com o título Uma gota de veneno, publicado na coleção “As 100 Obras Primas da Literatura Universal”, da Editora Pongetti.
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Propõe, em uma reunião da diretoria da Associação Brasileira de Escritores (ABDE), em tom de brincadeira: “Vamos redigir uma declaração afirmando o nosso propósito de não entrar jamais na Academia?” Otávio Tarquínio de Souza redige a declaração, e assinam: Carlos Drummond de Andrade, José Lins do Rego, Astrojildo Pereira, Dinah Silveira de Queiroz, Álvaro Lins, Francisco de Assis Barbosa e Marques Rebelo. Aurélio Buarque de Holanda, secretário da Revista do Brasil, abstém-se.
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Roger Bastide, antropólogo francês e, na época, professor da USP, analisa a poesia de Drummond e diz: “Sua visão não é para o alto, mas para baixo... O mundo que ele apresenta é o da terra, das pedras, das calçadas, dos velhos porões de casas. Por isto anda nas ruas de olhos baixos”. (“Bouquet de poetas: Carlos Drummond de Andrade”, em Poetas do Brasil).
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Publica, na revista Leitura, uma resenha sobre o livro A montanha mágica, de Thomas Mann, assinalando que o autor não é “materialista”. Por essa época, flerta com o Partido Comunista Brasileiro, ao qual nunca se filiaria.
1944
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Publica, a pedido de Álvaro Lins, Confissões de Minas, pela editora Americ.
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Concede entrevista a Homero Senna, publicada em O Jornal, em 19 de novembro.
1945
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Abalado com a morte do amigo Mário de Andrade, escreve o poema “Mário de Andrade desce aos infernos”, incluído em A rosa do povo, no qual se lê: “Mas tua sombra robusta desprende-se e avança”.
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Publica o livro A rosa do povo, pela Editora José Olympio.
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Publica a novela O gerente, pela Editora Horizonte.
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Colabora no suplemento literário do Correio da Manhã e na Folha Carioca.
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Falece sua irmã Rosa, em São João del Rey.
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Deixa a chefia de gabinete do ministro Capanema e posiciona-se politicamente contra o ditador Getúlio Vargas.
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Visita Luís Carlos Prestes, na prisão, quando é convidado a ser codiretor do diário comunista Tribuna Popular. Afasta-se do cargo meses depois, devido a discordâncias com a direção do jornal.
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Encontra-se com Pablo Neruda, que visita o Rio de Janeiro, ciceroneado por Vinicius de Moraes.
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A pedido de Prestes, é convidado, por Arruda Câmara e Pedro Pomar, a candidatar-se a deputado federal pelo PCB. Recusa de imediato.
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É nomeado para a Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (DPHAN). Pouco depois, é promovido a chefe da Seção de História, na Divisão de Estudos e Tombamento.
1946
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Recebe o prêmio da Sociedade Felipe d’Oliveira, pelo conjunto da obra.
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Sua filha Maria Julieta publica, pela Editora José Olympio, a novela A busca, com prefácio de Aníbal Machado.
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É convidado por João Cabral de Melo Neto para padrinho de casamento com Stella Maria.
1947
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Publica As relações perigosas, tradução de Les liaisons dangereuses, de Choderlos de Laclos, para a coleção Biblioteca dos Séculos, da Editora Globo.
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Prepara uma “boa delegação carioca” para participar do II Congresso de Escritores, em Belo Horizonte, integrando a comissão de política do evento.
1948
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Publica a antologia Poesia até agora, pela Editora José Olympio.
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Publica a coletânea Novos poemas, pela Editora José Olympio.
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Com o pseudônimo Policarpo Quaresma, mantém a seção “Através dos livros” no suplemento Letras e Artes do jornal A Manhã, do Rio de Janeiro.
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Colabora no semanário Política e Letras, do Rio de Janeiro, dirigido por Odylo Costa, filho, jornalista que se destacara na oposição ao Estado Novo.
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Em março, sua mãe deixa o hospital São Lucas e retorna a Itabira, onde falece em 29 de dezembro. Coincidentemente, por ocasião do funeral, a peça “Poema de Itabira”, de Villa-Lobos, feita a partir de seu poema “Viagem na família”, é executada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Sobre a mãe, Drummond escreveria: “A falta que me fazes não é tanto / à hora de dormir, quando dizias / ‘Deus te abençoe’, e a noite abria em sonho. // É quando, ao despertar, revejo a um canto / a noite acumulada de meus dias, / e sinto que estou vivo, e que não sonho” (do poema “Carta”, em Lição de coisas).
1949
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Volta a colaborar no jornal Minas Gerais.
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Luís Jardim ilustra, e edita manualmente, um exemplar único do poema “A máquina do mundo”.
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Sua filha Maria Julieta casa-se com o escritor e advogado argentino Manuel Graña Etcheverry. O casal fixa residência em Buenos Aires, onde ela, por 34 anos, desenvolverá intenso trabalho de divulgação da cultura brasileira.
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Inicia correspondência com sua filha e grande amiga de toda a vida. A troca de cartas é semanal e se estenderá até 1983, quando Maria Julieta volta a morar no Brasil.
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Participa da eleição da nova diretoria da Associação Brasileira de Escritores (ABDE), no Rio de Janeiro, na qual Afonso Arinos de Melo Franco sai vitorioso. Em seguida, desliga-se da associação, junto com outros amigos, devido a discordâncias políticas. A ABDE viria a ser sucedida pela atual União Brasileira de Escritores (UBE), com sede em São Paulo.
1950
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Viaja a Buenos Aires para acompanhar o nascimento do primeiro neto, Carlos Manuel. Sobre ele, Drummond escreverá: “Se tivesse mais de dois anos, chamá-lo-ia de mentiroso. No seu verdor, é apenas um ser a quem a imaginação comanda, e que, com isso, dispõe de todos os filtros da poesia” (da crônica “Netinho”, em Fala, amendoeira).
1951
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Publica Claro enigma e Contos de aprendiz, pela Editora José Olympio.
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Publicado na Espanha o livro Poemas, com seleção, tradução e introdução de Rafael Santos Torroella, pelas Ediciones Rialp, de Madri.
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Conhece Lygia Fernandes, bibliotecária da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (DPHAN), onde ele trabalhava, e com ela inicia um longo relacionamento. No poema “O quarto em desordem”, de Fazendeiro do ar, lê-se: “Na curva perigosa dos cinquenta / derrapei neste amor.”
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A Editora Hipocampo publica A mesa, com o poema homônimo ilustrado por Eduardo Sued.
1952
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Publica Passeios na ilha: divagações sobre a vida literária e outras matérias, pela Editora Organização Simões.
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Publica a coletânea de poesia Viola de bolso, pelo Serviço de Documentação do Ministério da Educação.
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Falece, em 27 de setembro, seu irmão Flaviano, em Itabira.
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Publica lista dos “10 grandes romances da história da literatura”: 1) As ligações perigosas, de Choderlos de Laclos; 2) A cartuxa de Parma, de Stendhal; 3) A educação sentimental, de Gustave Flaubert; 4) Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust; 5) Os moedeiros falsos, de André Gide; 6) David Copperfield, de Charles Dickens; 7) Tom Jones, de Henry Fielding; 8) Ulisses, de James Joyce; 9) Guerra e paz, de Liev Tolstói; 10) Dom Quixote, de Miguel de Cervantes (em Os sapatos de Orfeu, de José Maria Cançado).
1953
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Viaja com a esposa Dolores a Buenos Aires, para acompanhar o nascimento do segundo neto, a quem dedica o poema “A Luis Mauricio, infante”, incluído no livro Fazendeiro do ar: “Acorda, Luis Mauricio. Vou te mostrar o mundo, / se é que não preferes vê-lo de teu reino profundo.”
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Publicação do livro Dos poemas, em Buenos Aires, traduzido para o espanhol por seu genro, Manuel Graña Etcheverry, e publicado pelas Ediciones Botella al Mar.
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Demite-se do cargo de redator do jornal Minas Gerais, ao ter estabilizada sua situação como funcionário da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (DPHAN).
1954
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Publica, pela Editora José Olympio, Fazendeiro do ar & Poesia até agora, que conjuga um livro inédito com o volume lançado em 1948.
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Traduz o livro Les paysans, de Balzac, com o título Os camponeses, publicado pela Editora Globo.
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Veiculação, pela Rádio Ministério da Educação e Cultura, de oito entrevistas radiofônicas concedidas à jornalista Lya Cavalcanti. Esta série de entrevistas, intitulada “Quase memórias”, foi convertida em livro por Drummond e publicada em 1986, pela Editora Record, com o título Tempo vida poesia.
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A convite do crítico literário Álvaro Lins, inicia a publicação da série de crônicas “Imagens”, no jornal carioca Correio da Manhã, mantida até 1969.
1955
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Publica Viola de bolso novamente encordoada, pela Editora José Olympio.
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O livreiro Carlos Ribeiro publica edição fora de comércio do Soneto da buquinagem, pela Editora Philobiblion.
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Participa, com Manuel Bandeira, do lançamento e da tarde de autógrafos de um disco de vinil, pelo selo Festa, contendo poemas declamados por ambos.
1956
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Publica Cinquenta poemas escolhidos pelo autor, em edição do Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura.
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Publica sua tradução de Albertine disparue, de Marcel Proust, com o título A fugitiva, pela Editora Globo.
1957
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Publica a coletânea de crônicas Fala, amendoeira, pela Editora José Olympio.
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Publica o livro Ciclo, pela editora O Gráfico Amador, do Recife, com tiragem de apenas 96 exemplares.
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Sofre algumas críticas dos poetas concretistas reunidos na Exposição Nacional de Arte Concreta e emite sua opinião sobre o movimento: “No fundo, uma grande pobreza imaginativa transformada em rigor de criação.” (em Os sapatos de Orfeu, de José Maria Cançado).
1958
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Publicação, em Buenos Aires, de um volume de poemas na coleção Poetas del Siglo Veinte.
1959
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Defende a permanência do túmulo de Machado de Assis na sede da Academia Brasileira de Letras, diante da possibilidade da transferência para o mausoléu acadêmico no cemitério São João Batista.
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Publica a antologia Poemas, pela Editora José Olympio, livro que tem sua “orelha” escrita pelo próprio autor no que ele chamou de “poema-orelha”: “Esta é a orelha do livro / por onde o poeta escuta / se dele falam mal / ou se o amam. / [...] // A orelha pouco explica / de cuidados terrenos; / e a poesia mais rica / é um sinal de menos.” O volume inclui os poemas de A vida passada a limpo, até então inéditos.
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Publica pela Editora Agir Dona Rosita, a solteira, sua tradução da peça de Federico García Lorca, pela qual recebe o Prêmio Padre Ventura.
1960
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Nasce seu terceiro neto, Pedro Augusto, em Buenos Aires.
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Publica sua tradução do livro Oiseaux-mouches orthorynques du Brésil, de Jean Théodore Descourtilz, com o título Beija-flores do Brasil, lançada pela Biblioteca Nacional.
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Colabora na revista O Mundo Ilustrado, semanário de notícias e variedades.
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Propõe ao amigo e escritor Cyro dos Anjos, pouco antes da aposentadoria de ambos, a criação de uma Agência de Publicidade Intelectual: “Temos tanta experiência acumulada em gerir interesses de outrem, por que não aplicá-la em proveito de nós mesmos? [...] Redigir é o nosso forte, e ganhar dinheiro, o nosso lado incompetente” (em Os sapatos de Orfeu, de José Maria Cançado).
1961
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Colabora no programa Quadrante, na Rádio Ministério da Educação, juntamente com Cecília Meireles, Dinah Silveira de Queiroz, Fernando Sabino, Manuel Bandeira, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga.
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Falece seu irmão Altivo, em 3 de junho.
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Por ato do presidente Jânio Quadros, é nomeado membro da Comissão de Literatura do Conselho Nacional de Cultura, da qual se afasta logo após as primeiras reuniões.
1962
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Publica Antologia poética, pela Editora do Autor.
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Publica Lição de coisas, pela Editora José Olympio.
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Falece, em 6 de fevereiro, o amigo Candido Portinari, que pintara seu retrato em 1936.
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Muda-se da casa na rua Joaquim Nabuco, onde vive durante 21 anos, para um apartamento na rua Conselheiro Lafaiete, em Copacabana.
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Publica sua tradução da peça L’Oiseau bleu, de Maurice Maeterlinck, com o título O pássaro azul, para a Coleção dos Prêmios Nobel de Literatura, da Editora Delta.
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Publica sua tradução da peça Les fourberies de Scapin, de Molière, com o título As artimanhas de Scapino, pelo Ministério da Educação, e recebe, mais uma vez, o Prêmio Padre Ventura.
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A Editora do Autor publica a coletânea de crônicas Quadrante I, com textos de Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Fernando Sabino, Manuel Bandeira, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga, que haviam participado do programa homônimo da Rádio Ministério da Educação, um ano antes. Na tarde de autógrafos, Drummond é flagrado por Fernando Sabino autografando alguns exemplares com o nome de Manuel Bandeira.
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Publica a coletânea de textos em prosa A bolsa & a vida, pela Editora do Autor.
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Aposenta-se como chefe da Seção de História da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, após 35 anos de serviço público, e recebe carta de louvor do ministro da Educação, Oliveira Brito.
1963
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John Nist, professor da Universidade do Arizona e introdutor da literatura modernista brasileira nos Estados Unidos, lança a candidatura de Drummond ao Prêmio Nobel de Literatura.
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Publica sua tradução do romance Sult, do norueguês Knut Hamsun, com o título Fome, para a Coleção Prêmio Nobel de Literatura, da Editora Delta.
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Recebe, pelo livro Lição de coisas, os prêmios Fernando Chinaglia, da União Brasileira de Escritores, e Luísa Cláudio de Souza, do PEN Clube do Brasil.
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A Editora do Autor publica a coletânea de crônicas Quadrante II, com o mesmo elenco de autores do primeiro volume, lançado no ano anterior.
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Escreve crônicas para a série de programas Cadeira de Balanço, na Rádio do Ministério da Educação.
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Colabora no programa Vozes da Cidade, criado por Murilo Miranda, na Rádio Roquette-Pinto.
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Grava cinco poemas para o disco Carlos Drummond de Andrade, do selo Festa.
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Viaja para a Argentina com a esposa Dolores, a fim de passar uma temporada com a filha Maria Julieta e sua família em Bella Vista.
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Recusa convite para ocupar uma diretoria da Light, empresa canadense concessionária dos serviços de eletricidade no Rio de Janeiro.
1964
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Depõe em inquéritos policiais militares, devido à amizade que mantinha com perseguidos pelo recém-implantado regime militar, entre eles Carlos Heitor Cony, seu colega no Correio da Manhã.
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É publicada sua Obra completa pela Editora Nova Aguilar, com estudo crítico de Emanuel de Moraes, fortuna crítica, cronologia e bibliografia.
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Vai regularmente à biblioteca do amigo Plínio Doyle, em visitas que deram origem ao “Sabadoyle”, encontro semanal de amigos escritores realizado aos sábados. Em crônica publicada no jornal Correio da Manhã, em 1964, lê-se: “Entre os mineradores de livros e documentos literários, na Guanabara, há muito se destaca Plínio Doyle. [...] Porque se trata (ó fenômeno) de colecionador não egoísta.”
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Falecem os amigos escritores Aníbal Machado, em 20 de janeiro, Álvaro Moreyra, em 12 de setembro, e Cecília Meireles, em 9 de novembro. Sobre Aníbal Machado, em crônica publicada no jornal Correio da Manhã, escreve: “Recebeu a morte como recebia os amigos, os viajantes e os perseguidos políticos [...].”
1965
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Organiza, com Manuel Bandeira, Rio de Janeiro em verso & prosa, publicado pela Editora José Olympio, na comemoração do quarto centenário da cidade. O volume reúne textos sobre a capital fluminense e tornou-se um livro raro.
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Falece o amigo e poeta Augusto Frederico Schmidt, em 8 de fevereiro.
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Publicação de Antologia poética, em Portugal, pela Editora Portugália, com seleção e prefácio do professor de literatura portuguesa Massaud Moisés.
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É publicada nos Estados Unidos, pela Editora da Universidade do Arizona, a antologia the middle of the road: selected poems, com organização e tradução de John Nist.
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É publicada a antologia Poesie, em Frankfurt, Alemanha, pela Editora Suhrkamp, com edição bilíngue com tradução e posfácio de Curt Meyer-Clason.
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Participa da antologia Vozes da cidade, publicada pela Editora Record, com Cecília Meireles, Genolino Amado, Henrique Pongetti, Maluh de Ouro Preto, Manuel Bandeira e Rachel de Queiroz
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Affonso Romano de Sant’Anna inicia pesquisas para a tese de doutorado que resultará no livro Drummond: o gauche no tempo, publicado em três edições e premiado quatro vezes.
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Colabora na revista Pulso.
1966
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Publica a coletânea de crônicas Cadeira de balanço, pela Editora José Olympio.
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Estreia do filme O padre e a moça, do diretor Joaquim Pedro de Andrade, baseado no poema “O padre, a moça”, do livro Lição de coisas, publicado em 1962.
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Nara Leão é ameaçada de prisão devido a algumas declarações sobre os militares no poder. Drummond sai em sua defesa com um “pedido-poema” dirigido ao presidente Castello Branco: “Meu honrado marechal / dirigente da nação, / venho fazer-lhe um apelo: / não prenda Nara Leão. / [...] // A menina disse coisas / de causar estremeção? / Pois a voz de uma garota / abala a Revolução? / [...] // Meu ilustre marechal / dirigente da nação, / não deixe, nem de brinquedo, / que prendam Nara Leão.”
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Organiza a antologia de crônicas Andorinha, andorinha, de Manuel Bandeira, publicada pela Editora José Olympio.
1967
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Publica Versiprosa e José & outros, pela Editora José Olympio.
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Organiza a coletânea Minas Gerais, publicada pela Editora do Autor.
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Publicação de Mundo, vasto mundo em Buenos Aires, com tradução do genro Manuel Graña Etcheverry.
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Publica Uma pedra no meio do caminho: biografia de um poema, pela Editora do Autor.
1968
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Publica Boitempo & A falta que ama, pela Editora Sabiá.
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Torna-se membro correspondente da Hispanic Society of America, sediada nos Estados Unidos.
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Recebe, da Câmara Brasileira do Livro, o Prêmio Jabuti, pelo livro Versiprosa.
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Falece seu irmão José, no dia 1º de setembro.
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Publica artigo indignado contra a extrema tolerância do governo com os grupos de direita. Ao ser editado o AI-5, escreve em diário: “Recomeçam as prisões, a suspensão de jornais, a censura à imprensa.”
1969
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Deixa o Correio da Manhã e passa a colaborar no Jornal do Brasil.
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Publica Reunião: 10 livros de poesia, pela Editora José Olympio.
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Acolhe em seu apartamento duas sobrinhas, que vinham sendo seguidas pelos órgãos de repressão política em Belo Horizonte.
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Traduz as letras de seis canções do "Álbum branco" dos Beatles, publicadas na revista Realidade.
1970
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Publica Caminhos de João Brandão, pela Editora José Olympio.
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Publica o conto “Meu companheiro” na Antologia de contos brasileiros de bichos, organizada por Hélio Pólvora e Cyro de Mattos, pela Editora Bloch.
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Publicada em Cuba a coletânea Poemas, com introdução, seleção e notas de Muñoz-Unsain, pela Casa de las Américas
1971
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Publicação de Seleta em prosa e verso (com estudo e notas de Gilberto Mendonça Teles), pela Editora José Olympio.
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Publicação, pela Editora Sabiá, da antologia Elenco de cronistas modernos, com textos de Drummond, Clarice Lispector, Fernando Sabino, Manuel Bandeira, Paulo Mendes Campos, Rachel de Queiroz e Rubem Braga.
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Participa, com o texto “Um escritor nasce e morre”, do livro An anthology of brazilian prose, lançado pela Editora Ática.
1972
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Suplementos dos principais jornais brasileiros celebram os 70 anos de Drummond.
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Viaja a Buenos Aires com a esposa Dolores para visitar a filha Maria Julieta e sua família.
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Publica O poder ultrajovem, pela Editora José Olympio.
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Apoia o amigo Plínio Doyle na criação do Arquivo Museu de Literatura Brasileira, na Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro.
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É publicado, pela editora Diagraphis, o álbum D. Quixote Cervantes Portinari Drummond, com 21 desenhos de Candido Portinari e glosas de Carlos Drummond de Andrade, depois incluídas no livro As impurezas do branco, de 1973.
1973
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Publica As impurezas do branco pela Editora José Olympio.
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Publica Menino antigo (Boitempo II), pela Editora José Olympio e Instituto Nacional do Livro (INL).
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Publicação de La bolsa & la vida, em Buenos Aires, com tradução de María Rosa Oliver, pelas Ediciones de la Flor.
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Publicação, em Paris, da coletânea Réunion, com tradução de Jean-Michel Massa, pela Editora Aubier-Montaigne.
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Publicação de Minas e Drummond, com ilustrações de Yara Tupynambá, Wilde Lacerda, Haroldo Mattos, Júlio Espíndola, Jarbas Juarez, Álvaro Apocalypse e Beatriz Coelho, pela Editora da UFMG.
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Recebe o título de doutor honoris causa pelas universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e do Rio de Janeiro. (UFRJ).
1974
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Recebe, por As impurezas do branco, o prêmio de melhor livro de poesia do ano de 1973, da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).
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Lançamento do documentário O fazendeiro do ar, produzido e dirigido por Fernando Sabino e David Neves.
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Torna-se membro honorário da Amercian Association of Teachers of Spanish and Portuguese, sediada nos Estados Unidos.
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Publica De notícias & não notícias faz-se a crônica, pela Editora José Olympio.
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Concede a Fernando Sabino uma entrevista publicada na Revista de Cultura Brasileña (Madri), nº 38, de dezembro, sob o título “Habla el poeta de nuestro tiempo.
1975
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Publica Amor, amores, ilustrado por Carlos Leão, pela Editora Alumbramento.
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Recebe o Prêmio Nacional Walmap de Literatura.
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Recusa, por motivos políticos, o Prêmio Brasília de Literatura, da Fundação Cultural do Distrito Federal.
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Publica o poema “A falta de Érico Veríssimo”, por ocasião da morte do amigo escritor: “Falta alguma coisa no Brasil [...] // Falta uma tristeza de menino bom [...] // Falta um boné, aquele jeito manso [...] // Falta um solo de clarineta.”
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Publica o texto “O que se passa na cama”, no Livro de cabeceira do homem, v. 1, pela Editora Civilização Brasileira.
1976
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Indignado com os rumos da capital mineira, publica o poema "Triste horizonte" no Jornal do Brasil.
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Torna-se membro honorário da American Academy of Arts and Letters.
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Publicada a tradução da coletânea Poemas, em Lima (Peru), com tradução de Leonidas Cevallos, pelo Centro de Estudios Brasileños.
1977
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Publica A visita, com fotos de Maureen Bisilliat, em edição fora de comércio feita pelo amigo bibliófilo José Mindlin.
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Publica Discurso de primavera e algumas sombras, com ilustrações de Carybé, pela Editora Record.
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Publica Os dias lindos, pela Editora José Olympio.
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Publicação, pela Editora Ática, do primeiro volume da coleção Para gostar de ler com textos de Drummond, Rubem Braga, Fernando Sabino e Paulo Mendes Campos.
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Grava o álbum duplo Antologia poética, com 38 poemas, produzido por Suzana de Moraes e lançado pela Polygram.
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Publicação, na Bulgária, da tradução feita por Rumen Stoyanov de Sentimento do mundo, com o título Uybetbo ba cheta.
1978
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Publica a 2ª edição, ampliada, de Discurso de primavera e algumas sombras, pela Editora José Olympio.
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Publica 70 historinhas pela Editora José Olympio.
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Publicação de Amar-amaro e El poder ultrajoven na Argentina.
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Publica O marginal Clorindo Gato, com capa de Oscar Niemeyer, pela Editora Avenir.
1979
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Publica Poesia e prosa, em 5ª edição revista e atualizada, pela Editora Nova Aguilar.
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Publica Esquecer para lembrar (Boitempo III), pela Editora José Olympio.
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Participa da antologia O melhor da poesia brasileira, com Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto e Vinicius de Moraes, publicada pela Editora José Olympio.
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Publica Nudez, com ilustrações de Gastão de Holanda e Cecília Jucá, em edição fora de comércio, pela Escola das Artes.
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Viaja a Buenos Aires para acompanhar tratamento de saúde da filha Maria Julieta.
1980
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Recebe o Prêmio Estácio de Sá, de jornalismo.
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Recebe o Prêmio Morgado Mateus, de poesia, em Portugal.
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Publica A paixão medida, com desenhos de Emeric Marcier, pelas Edições Alumbramento.
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Exalta os versos de Gilka Machado, criticada por escrever poemas eróticos, e declara numa crônica: “Gilka foi a primeira mulher nua da poesia brasileira.”
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Participa do lançamento conjunto, na Livraria José Olympio, de seu livro A paixão medida e de Um buquê de alcachofras, da filha Maria Julieta.
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Falece, em 9 de julho, o amigo Vinicius de Moraes, sobre quem dirá: “Era o único poeta brasileiro que vivia como poeta.”
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Concede importante entrevista a Zuenir Ventura, publicada na revista Veja de 19 de novembro.
1981
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Concede, em janeiro, entrevista ao periódico O Cometa Itabirano, da cidade mineira onde nasceu.
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Publica Contos plausíveis, pela Editora José Olympio.
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Publica O pipoqueiro da esquina, com ilustrações de Ziraldo, pela Editora Codecri.
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Com Maria Julieta, concede entrevista histórica à jornalista Leda Nagle, no Jornal Hoje, da TV Globo.
1982
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Celebrados em todo o Brasil, os 80 anos do poeta são tema de exposições comemorativas na Biblioteca Nacional e na Fundação Casa de Rui Barbosa.
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Recebe o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
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A Editora José Olympio publica a edição anotada de A lição do amigo: cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade.
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A Editora Universidade de Brasília, publica de Carmina drummondiana, poemas traduzidos para o latim por Silva Bélkior
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O poema “Adeus a Sete Quedas”, publicado no Jornal do Brasil, inspira o curta-metragem Quarup Sete Quedas, do cineasta Frederico Füllgraf.
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Publicação da antologia bilíngue Gedichte, em Frankfurt, Alemanha, pela Editora Suhrkamp, com tradução e posfácio de Curt Meyer-Clason.
1983
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Publica, pela Editora Record, o livro infantil O elefante, com ilustrações de Regina Vater.
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Publica a antologia Nova reunião: 19 livros de poesia, pela Editora José Olympio e Instituto Nacional do Livro (INL).
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A filha Maria Julieta volta a morar no Rio de Janeiro e mantém sua coluna de crônicas no jornal O Globo, para o qual também faz entrevistas com personalidades brasileiras.
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Recusa o troféu Juca Pato, Prêmio Intelectual do Ano, da União Brasileira de Escritores (UBE), por achar que não escrevera nada de relevante neste ano.
1984
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É entrevistado pela filha Maria Julieta para o jornal O Globo.
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Após 42 anos publicando pela Editora José Olympio, assina contrato com a Editora Record.
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Com a crônica “Ciao”, publicada em 29 de setembro, despede-se dos leitores do Jornal do Brasil, após 64 anos de colaboração na imprensa.
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Publica os livros Boca de Luar e Corpo, pela Editora Record.
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Falece, em 13 de maio, o amigo, escritor e médico Pedro Nava. No poema “Pedro (o múltiplo) Nava”, em Viola de bolso, lê-se: “Do nosso tempo fiel memorialista, / esse querido Nava, simplesmente, / é mistura de santo, sábio e artista.”
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Publicação de Mata Atlântica, livro de arte lançado pela Assessoria de Comunicação e Marketing (AC&M), em edição fora de comércio.
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Publicação, pela Editora Record, da coletânea Quatro vozes, com textos de Drummond, Rachel de Queiroz, Cecília Meireles e Manuel Bandeira.
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A Revista do Arquivo Público Mineiro publica Crônicas de Carlos Drummond de Andrade (1930-1934), s pseudônimos de Antônio Crispim e Barba Azul.
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Concede entrevista a Edmílson Caminha, para o jornal Diário do Nordeste, de Fortaleza.
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Colabora com Maria Lucia do Pazo na elaboração da tese de doutorado defendida na Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1992, sobre os versos eróticos do poeta
1985
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Publica, pela Editora Record, Amar se aprende amando, O observador no escritório, páginas de diário, e o infantil, com ilustrações de Ziraldo, História de dois amores.
Publica, pela Lithos Edições de Arte, Amor, sinal estranho, com litografias originais de Bianco
Publicação de Pantanal, livro de arte lançado pela Assessoria de Comunicação e Marketing (AC&M), em edição fora de comércio.
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Publicação, pela Universidade da Flórida, de Quarenta historinhas e cinco poemas, livro de leitura e exercícios para estudantes de Português nos Estados Unidos.
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Publicação, em Lisboa, pela editora de O Jornal, do livro 60 anos de poesia, uma antologia de sua obra organizada e apresentada por Arnaldo Saraiva.
1986
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Publica Tempo vida poesia: confissões no rádio e reorganiza os três volumes de Boitempo (lançados originalmente em 1968, 1973 e 1979) nas edições Boitempo I e II, pela Editora Record.
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Publicação da antologia Travelling in the family, em Nova York, pela editora Random House.
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Lançada, pela Edições Alumbramento, a fotobiografia Bandeira, a vida inteira, com 21 poemas inéditos de Drummond, em comemoração do centenário de Manuel Bandeira, lançada pela Edições Alumbramento.
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Sofre um infarto e passa doze dias internado em um hospital.
1987
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Escreve, em 31 de janeiro, o que viria a ser seu último poema: “Elegia a um tucano morto”, dedicado ao neto Pedro Augusto.
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A Estação Primeira de Mangueira homenageia Drummond com o samba-enredo “No reino das palavras”, e sagra-se campeã do carnaval carioca.
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Publicação de Sentimento del mondo, traduzido por Antonio Tabucchi e lançado pela editora italiana Guido Einaudi.
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Falece sua filha Maria Julieta, em 5 de agosto. “Assim termina a vida da pessoa que mais amei neste mundo. Fim.”, escreve o poeta no diário em que acompanhava a doença da filha.
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Doze dias após a morte da filha, falece no dia 17 de agosto, vitimado por insuficiência respiratória decorrente de um infarto.
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É enterrado no mesmo túmulo da filha, no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, onde também será sepultada, em 1994, sua esposa Dolores.
LIVROS PÓSTUMOS:
1987
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O avesso das coisas, organizado pelo poeta, Editora Record.
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Moça deitada na grama, organizado pelo poeta, Editora Record.
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Crônicas: 1930-1934, nova edição organizada por José Alberto Nemer, Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais.
1989
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Drummond: frente e verso, fotobiografia organizada por Salvador Monteiro e Leonel Kaz, Edições Alumbramento.
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Álbum para Maria Julieta, organizado por Drummond, com o encarte Cantar de amigos, Edições Alumbramento.
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Obra poética de Carlos Drummond de Andrade, em oito volumes, pela Publicações Europa-América, de Portugal.
1992
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O amor natural, organizado pelo poeta e com ilustrações de Milton Dacosta, Editora Record.
1996
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Farewell, com ilustrações de Pedro Drummond, Editora Record.
1997
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Farewell, pela Campo das Letras Editores, de Portugal.