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Páginas: 366

Publicação Original: 1986

Nova Publicação: 2023

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Primeiro volume da reunião de poemas memorialísticos de Drummond, Boitempo I: Menino antigo retorna em novo projeto, com posfácio de Carlos Bracher. 

 

Originalmente publicada por Drummond em três volumes — em 1968, 1973 e 1979 —, a série Boitempo parece endossar, não sem ironia, dois de seus versos mais simples: “Viver é saudade / prévia.” Ao compô-la, o poeta admitia que voltava a ser criança em Itabira, e “com volúpia”, embora uma voz não nomeada o exortasse, desde sempre, a calar tais “lembranças bobocas de menino”. 


Não calou. Ao revisitar o passado, alegou que apenas escrevia o seu presente. Na verdade, foi além. Recordando as impressões de infância no “mundominas”, também deixou registrada parte da biografi¬a de um Brasil de essência escravagista e predatória. A “agritortura”, o garimpo, o comércio, tudo admirava o pequeno Carlos, atento às vontades daquilo que talvez já identifi¬casse como “privilégio” e “propriedade” — aliás, Drummond dá esses títulos a dois poemas aqui reunidos. 


Carlos floresceu sob a influência das leis arcaicas que ainda regiam, no início do século XX, as relações entre sociedade e natureza, fé e moral, terra e riqueza, fazenda e família. Cresceu admirando-se do poderoso avô coronel; do pai pecuarista, que ao fi¬lho ensinou “o medo e a rir do medo”; da mãe, tão “mais fácil de enganar”; e dos irmãos, vivos e mortos, presenças “a decifrar mais tarde”. 


“Boitempo”, assim, foi o amálgama perfeito que encontrou para defi¬nir sua origem híbrida, rural e de certa forma aristocrática, já que o boi, para ele, era um animal mágico fundamental, sempre a ruminar os mistérios que o nutriam: “o fubá da vida” moído pelo tempo, bem como suas primeiras letras e até a suspeita de que o próprio amor seria, talvez, “um espetáculo / oferecido às vacas / que não olham e pastam”.


As novas edições da obra de Carlos Drummond de Andrade têm seus textos fixados por especialistas, com acesso inédito ao acervo de exemplares anotados e manuscritos que ele deixou. Em Boitempo I, o leitor encontrará o posfácio do pintor, escultor e escritor Carlos Bracher; bibliografias selecionadas de e sobre Drummond; e a seção intitulada “Na época do lançamento”, uma cronologia dos três anos imediatamente anteriores e posteriores à primeira publicação do livro.


Bibliografias completas, uma cronologia de vida e obra do poeta e as variantes no processo de fixação dos textos encontram-se disponíveis por meio do código QR localizado na quarta capa deste volume.

Conteúdo Extra

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Conheça outras edições do livro e ouça as poesias de Drummond

Drummond lendo "Boitempo"

Por Alexei Bueno

Poesia brasileira; modernismo; Edmílson Caminha; Alexei Bueno; Ronaldo Fraga; Mário de Andrade; Oswald de Andrade; Blaise Cendrars; Candido Portinari; Cecília Meireles; João Alphonsus de Guimaraens; Cyro dos Anjos; Jorge de Lima; Poema de sete faces; No meio do caminho; Tinha uma pedra no meio do caminho; Quadrilha; Sentimento do mundo; Claro enigma; Fazendeiro do ar; Brejo das almas; Boitempo; O poder ultrajovem; José; E agora, José; Lição de coisas; Novo poemas; A rosa do povo; Viola de bolso; A vida passada a limpo; Antologia poética; As impurezas do branco; Amar se aprende amando; Versiprosa; A falta que ama; Discurso de primavera; Corpo, A paixão medida; Farewell; Amor natural; Quando é dia de futebol; Criança dagora é fogo; A cor de cada um; O gato solteiro e outros bichos

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