QUANDO É DIA DE FUTEBOL
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Páginas: 230
Publicação Original: 2002
Nova Publicação: 2022
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Antologia de contos, crônicas e poemas sobre a paixão pelo esporte compartilhada pela nação e o poeta, Quando é dia de futebol retorna em novo projeto, com posfácio de Pelé.
Logo no início desta antologia, Drummond anuncia em que campo ela será disputada: “Futebol se joga na alma.” Para o poeta, que via em todo torcedor um ameaçado de morte, o esporte definidor do brasileiro estaria intimamente ligado à ideia de mistério. Magia e ilusão eram palavras que lhe caíam bem na hora de estabelecer a intangibilidade de nosso amor pela bola.
Mas Drummond entendia que o futebol expressava sobretudo uma emoção política. Nossas vitórias, escreveu, abriam os olhos do povo para suas “negadas capacidades de organização, persistência, resistência, espírito associativo e técnica”. Mais que isso: permitiam à nossa gente que descobrisse a si mesma.
Organizados cronologicamente, acompanhando as copas que nossa seleção venceu ou deixou de vencer entre 1954 e 1986, os poemas, crônicas e cartas reunidos neste livro também analisam os conturbados anos que precederam e se seguiram ao golpe de 1964. A Tostão, Zagallo, Gérson e Rivelino misturam-se personagens de outros certames, como Médici, Costa e Silva, Geisel e Figueiredo. A “passional mitologia da copa”, Drummond sabia, era uma atraente isca ideológica. O futebol, afinal, “às vezes regressa ao primitivismo, com escalas pelo nacionalismo zangado”.
Há também duas seções dedicadas ao gênio de Garrincha e Pelé, dupla que o autor considerava uma espécie de antítese do Jeca Tatu de Monteiro Lobato. No comovido posfácio que escreveu para esta obra, aliás, Pelé faz questão de retribuir a afeição que o escritor sempre lhe dedicou: “O difícil, o extraordinário, não é escrever mil textos, como Drummond. É escrever um texto como Drummond.”
As novas edições da obra de Carlos Drummond de Andrade têm seus textos fixados por especialistas, com acesso inédito ao acervo de exemplares anotados e manuscritos que ele deixou. Em Quando é dia de futebol, o leitor encontrará o posfácio do ídolo do futebol Pelé e bibliografias selecionadas de e sobre Drummond.
Bibliografias completas, uma cronologia de vida e obra do poeta e as variantes no processo de fixação dos textos encontram-se disponíveis por meio do código QR localizado na quarta capa deste volume.
Conheça outras edições do livro e ouça as poesias de Drummond
Por Edmilson Caminha
FIXAÇÃO DO TEXTO
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“INFÂNCIA”estrofe 1, versos 5 e 6: “lia a história de Robinson Crusoé, / comprida história que não acaba mais.” [AP3]: “lia a história de Robinson Crusoé. / Comprida história que não acaba mais.”
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POEMA “CASAMENTO DO CÉU E DO INFERNO”verso 14: “Diabo espreita por uma frincha” separado do parágrafo 8, como em [AP1].
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POEMA “LANTERNA MÁGICA”II / SABARÁ estrofes 1 e 2: separadas conforme [PC] e [ACL]. estrofe 3, verso 5: em caixa-alta, conforme [AP1] e [PC].
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POEMA “SINAL DE APITO”estrofe 1, verso 1: “Um silvo breve: Atenção, siga.” [AP3]: “Um silvo breve Atenção, siga.”
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POEMA “NOTA SOCIAL”estrofe 1, verso 6: “como qualquer homem da Terra,”, conforme [PC] e [PP] [PCN]: “como qualquer homem da terra,”
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POEMA “OUTUBRO 1930”Os trechos corridos, como prosa (“De 5 em 5 minutos” (...), “O inimigo resistia” (...), “O general” (...) devem ter recuo de parágrafo e ser alinhados à esquerda e à direita, como em [PC]. Sugiro que o travessão ( — ) seja usado apenas para indicar falas, como no poema “Sociedade”: O homem disse para o amigo: No caminho o homem resmunga: — Breve irei a tua casa — Ora essa, era o que faltava. Nos outros casos, o travessão ( — ) deve ser substituído pelo traço ( – ), como no poema “O sobrevivente”: Impossível escrever um poema – uma linha que seja – de verdadeira poesia.